Vida-de-uma-universitria-na-Itlia

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A vida de um estudante universitário não é nada simples, não é mesmo? E aqui na Itália não poderia ser dissemelhante. Porém os métodos utilizados são um tantinho diferentes daqueles que estamos acostumados no Brasil. Felizmente, eu tive a possibilidade de frequentar seja uma instituição universitária brasileira (por 3 anos cursei Letras na Unb) seja uma instituição italiana, onde finalizei os meus estudos e explicarei como funciona.

Antes de mais nada, caso um acadêmico estrangeiro queira se inscrever em uma universidade na Itália, ele impreterivelmente precisa descobrir a língua italiana, dado que quase todos e cada um dos cursos são em itálico. Somente algumas universidades possuem todas e cada uma das aulas em inglês, porém como regra por norma geral a maior parte das universidades são apenas em ítalo. O nível exigido é o nível B1, que segundo ao Sistema Comum Natural da Europa de Referência Linguística, equivale a um nível intermediário.

Dissertação de Mestrado , porém qualquer curso cobija um “test di ingresso”, que é uma prova de admissão para o curso. Pequeno número de cursos são considerados como “abertos”, assim, que todos e cada um dos candidatos que passam a prova de admissão podem se inscrever no curso de graduação. Dissertação de Mestrado são a “numero chiuso” (literalmente número fechado) e possuem uma quantidade de vagas limitada, como é o caso do curso de Medicina, e tão somente quem possui as melhores notas poderá se inscrever no curso. Um fator positivo é que os candidatos podem fazer a prova de recepção para mais de um curso na mesma Universidade e depois selecionar a qual desejam se inscrever.


Uma das primeiras diferenças que pude notar foi a quantidade de material e os métodos de avaliação utilizados. No Brasil, os professores dividiam a nota entre projetos e dissertações que se realizavam durante o semestre e tudo vinha somado com um projeto final ou uma prova final. Porém cá é bem diferente. Com exceção de várias matérias e poucos cursos de graduação mas específicos que necessitam da realização de projetos como por exemplo o curso de Arquitetura, durante o semestre ou ano letivo ( já que em alguns casos a material dura por um ano e não por semestre) o aprendiz frequenta as aulas e somente na epílogo do curso é que passa pela avaliação.

Na maior parte dos casos as provas são divididas em duas etapas: a primeira é uma prova escrita e apenas depois o êxito desta o acadêmico passa para a segunda etapa de avaliação que é uma prova oral. Em número reduzido de casos, não tem a parte escrita da prova e o lecionando tem estudar todo o conteúdo do semestre/ ano e estar pronto para qualquer gênero de de pergunta na avaliação verbal. Repetidamente digo que depende do curso e da material, porém as avaliações orais podem durar de 20 min a mais de uma hora.

Outra diferença é o sistema de notas e a possibilidade de recusar a nota que o mestre te dá. Tese de Doutorado pequeno número de universidades adotam o sistema alfabético (A-F ou SS-I) aqui as notas são numéricas e vão de 1 a 30. Porém o mínimo necessário para ter um suficiente como nota seria um 18. Qualquer universitário escolhe para si qual a média de notas que este quer, dado que a média será fundamental para a nota de conclusão do curso. Portanto se em alguma matéria o professor der uma nota que não agrada o aluno, o mesmo possui a possibilidade de recusar aquela nota e tentar fazer de novo em uma novidade sessão de provas. Obviamente essa resolução pode ser arriscada, porém te conceder a oportunidade de estudar melhor e de atingir os próprios objetivos.

Geralmente, as sessões de avaliação são divididas em três períodos do ano: Janeiro-Fevereiro, Junho-Julho e Setembro-Outubro. Em alguns cursos, os estudantes tem também a possibilidade de realizar as provas fora dessas sessões com datas singulares criadas para ajudar o universitário a concluir o curso de graduação.


Nem todas e cada uma das universidades possuem uma estrutura a campus como muitas universidades no Brasil, com exceção da Università degli Studi di Salerno que considerada uma das mais organizadas no sul da Itália e tem um campus que se localiza na cidadezinha de Fisciano, na província de Salerno. No caso da minha atual universidade, L’Università degli Studi di Napoli “L’Orientale”, os prédios ficam espalhados pela cidade e para ir de uma lição a outra tenho que correr para não chegar atrasada. No início não é simples, mas com o tempo se aprende.

Além das obrigações, os estudantes também sabem tal e como se divertir. Entre uma aula e outra, frequentemente os colegas se reúnem em qualquer bar para jogar alguma coisa de fale fora, tomar um cafezinho expresso e “ ajustar ” para a próxima aula. Aliás depois do horário das aulas, muitos jovens se encontram para o happy hour italiano, divulgado como aperitivo. Durante o aperitivo, se bebe alguns drinks que podem ser alcoólicos, como o Spritz, ou não-alcoólico, como a Cedrata. Como a comida faz sempre parte do quotidiano do itálico, tudo isso vem escoltado de alguns tira-gostos que podem ser coisas mas fácil como amendoim ou batatinha frita até petiscos mais elaborados a apoio de frutos do mar.

Além disso, as associações estudantis organizam eventos que vão a partir de festas em discotecas, encontros com estudantes estrangeiros que fazem câmbio por cá e até sessões de cinema, especialmente para os estudantes de Letras. Para escoltar os informações, basta permanecer de olho nos murais das universidades onde colocam as publicidades ou nas redes sociais.